Efeito platô da pandemia de Covid-19

Profissional analisando gráfico

Quando eu vejo os gráficos da pandemia, lembro dos altos e baixos de minha vida nos últimos quatro anos.

Foram muitos desafios vencidos, mas as dificuldades pareciam subir vertiginosamente enquanto os momentos bons se assemelhavam a um sopro de esperança no meio de uma tempestade, ou seja, eram quase imperceptíveis.

Três anos depois, atingi o platô e estou nele há quase dozes meses. Eu literalmente pareço o Brasil no enfrentamento à Covid-19.

Você acredita que há quem pense que o platô é algo bom? Eu discordo! Para mim, o platô se assemelha a um mar parado e nós somos caravelas estacionadas no meio do oceano. Não podemos ir nem vir. Precisamos esperar dias, semanas, até mesmo meses para que os ares da esperança soprem para nos tirar dali.

Agora imagina que situação maravilhosa: você ali parado debaixo de sol quente por tempo suficiente para queimar o juízo, a água e a comida acabando, todo mundo sujo e mal vestido... Meu amigo, o cheiro! Que situação!

Mas eu entendo quem pensa diferente de mim e considera que é preferível o marasmo à tormenta desses mares. Eu fico me perguntando: como é possível haver melhora efetiva se o quadro geral continua um desastre?

É óbvio que a tormenta traz prejuízos e eles frequentemente são grandes e imediatos. O marasmo, por outro lado, jamais terá a força de uma tormeta, no entanto, traz prejuízos que a longo prazo podem até ser maiores.

Então, não! Definitivamente o platô não é algo bom ou que se possa comemorar. Quem achar que estou ficando doido, por favor, invente uma vacina para me curar.

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